terça-feira, 30 de setembro de 2008
Perca um livro
segunda-feira, 4 de agosto de 2008
Excluídos do Paraíso
Motivados pela intolerância, a sociedade, em grande parcela a cristã, vira as costas para realidade dos relacionamentos homossexuais. Cazuza cantou: “Brasil! Mostra tua cara; Quero ver quem paga; Prá gente ficar assim”. No caso dos gays, os próprios sofrem, física e moralmente agressões, desrespeito e discriminação.
Escolha ou orientação. A manifestação da homossexualidade no indivíduo humano faz parte das rodas de discussões acadêmicas. Na ciência, estudiosos buscam uma resposta para o despertar da homossexualidade. Na sociedade, muitos aguardam apenas o despertar da aceitação.
O gay geralmente é apresentado como uma pessoa que não é homem nem mulher ou é uma pessoa feminina descaracterizada como não sendo um homem. Ou, ainda, alguém com ‘alma de mulher’. É essa a definição dada pelo escritor João Batista Pedrosa em seu livro Segundo Desejo.
A palavra gay é originária do idioma inglês. No Brasil o termo é característico aos indivíduos do sexo masculino que se relacionam com outros do mesmo sexo. As mulheres que se envolvem sentimentalmente com outras recebem o nome de lésbicas.
Alguns homossexuais não têm escolha. Por possuírem trejeitos diferentes dos comuns são taxados como gays desde a infância. Na juventude e, principalmente na convivência com os outros estudantes, termos pejorativos como “veadinho”, “bixchinha” e “boiola” ardem sobre a moral como os cocorotes dados por dona Inácia na cabeça de negrinha, relatado no conto de Monteiro Lobato.
Mas será opção ou orientação? É possível desde a infância uma criança ter compreensão da escolha sexual? Estudos científicos apontam que da mesma forma que acontece com os heterossexuais, para os homossexuais não existe a escolha do ser ou não ser.
Até o ano de 1980, o “Manual de Diagnóstico Psiquiátrico” oficial apontava a homossexualidade como distúrbio mental. Era usada a nomenclatura de sufixo ‘ismo’, associado a palavras que designam doenças (homossexualismo). Com a adoção do sufixo ‘dade’ (maneira de ser), o novo termo (homossexualidade) passou a expressar estilo de vida.
Médicos e psicólogos não chegaram a um acordo sobre o despertar da homossexualidade. Estudos levantam a hipótese da genética desempenhar importante papel na orientação sexual. Em pesquisa realizada no Instituto Salk da Califórnia (EUA), o Dr. Simon LeVay, em 1991, apontou que o Núcleo Intersticial do Hipotálamo Anterior (NIAH-3), parte do hipotálo, responsável por regular fome, sede, temperatura, alguns hormônios e funções sexuais, apresenta-se grande nos homens heterossexuais e nas mulheres homossexuais e pequeno nos homens homossexuais e mulheres heterossexuais.
Sobre o estudo, Dr. Simon LeVay levanta a questão: “As pessoas não acham estranho que suecos tenham genes que tornam loiros seus cabelos, fisicamente distintos dos cabelos dos africanos. No entanto, ficam irritadas quando você sugere que há genes que fazem alguns cérebros serem fisicamente distintos dos outros”.
Dr. LeVay ainda complementa: “Sabemos que a construção do cérebro é governada por nossos genes. E, por via de conseqüência, a mente também está sobre influência dos genes. Assim, é lógico pressupor a existência de diferenças na mente. Acredito que a homossexualidade é uma variante natural, ainda que minoritária, da sexualidade humana”.
Sobre as perguntas realizadas aos pacientes em consulta ele descreve: “E se você tivesse a opção de escolher seria gay ou heterossexual? A resposta seria heterossexual. Por que você quer ser heterossexual? Porque ser gay, ainda, traz muito sofrimento por conta da intolerância social. E você gostaria de ‘virar’ heterossexual? Já tentei várias vezes, mas não consigo deixar de ter atração por outro homem”.
Essa atração incompreendida por alguns é o empuxo de agressões. Ofensas físicas e morais são descarregadas diariamente sobre os homossexuais. O antropólogo e presidente da organização não governamental (ONG) Grupo Gay da Bahia, Luiz Mott, apresentou dados alarmantes. Em 2007, 122 gays morreram por ações motivadas pela homofobia, tornando o Brasil campeão mundial de assassinatos de homossexuais. É uma média de um morto a cada três dias no país. O segundo país em número de assassinatos anuais é o México, com 35 homicídios, seguido pelos Estados Unidos, com uma média de 25 casos por ano.
Geralmente os agressores são do sexo masculino. Alguns homens utilizam a hostilidade e a violência contra os homossexuais como forma de se sentirem mais seguros quanto a sexualidade. Outro fator que leva a homofobia é a combinação entre medo e moralismo, na qual os homossexuais são tidos como ameaças para o universo moral.
Existem os que unem o homossexual ao conceito de promiscuidade. Para essas pessoas é impossível perceber em dois homens, ou duas mulheres, o desejo de construir e não desconstruir a família. São homossexuais que percorrem caminho contrário ao de Neuzão, personagem do filme “Ó pai, ó”. Dona de um bar, ela passava o dia bebendo e galanteando mulheres.
Certas vezes, esse conceito moral utilizado como arma para as agressões é proveniente de pensamentos e ações de grupos religiosos. No ano passado, na semana da primeira parada gay de Campina Grande (130 km de João Pessoa), uma entidade evangélica retomou campanha pela valorização da família, suspensa pela Justiça por possuir conteúdo preconceituoso contra os homossexuais. A campanha espalhou pela cidade 11 outdoors com as frases "Família, projeto de Deus" e "E fez Deus homem e mulher e viu que era bom".
Luciana Pauli, assistente social da Federação das Apaes do Espírito Santo, conta que vivenciou com um amigo uma situação de renúncia pela igreja. “Sou evangélica e tenho um amigo homossexual que foi criado na igreja junto comigo. Nunca desconfiamos, até porque ele chegou a ter duas namoradas. Acredito que meu amigo não era feliz e isso o motivou a assumir sua posição para a igreja e família. O pastor formou uma comissão que decidiu excluir meu amigo como membro. Depois que ele foi expulso, os amigos de infância, deixaram de falar com ele cessaram a convivência pelo fato dele ser gay”.
Dr. Gregory Herek, psicólogo da Universidade da Califórnia em Davis, realizou uma investigação mostrando que o maior grupo de pessoas contra os homossexuais são aquelas para a qual os gays e lésbicas “representam o sinônimo do mal”. “Essas pessoas acham que odiar homens homossexuais e lésbicas é o teste último que prova serem uma pessoa moral”, esclareceu Dr. Herek.
Outros estudiosos acreditam que ao discriminar os homossexuais, chegando a odiá-los é a maneira encontrada por algumas pessoas de reafirmar a si próprios que não são gays. Tal atitude geralmente é movida pela incerteza quanto à própria orientação sexual. Existem também aqueles que sentem atração por pessoas do mesmo sexo e, ao realizar o ato homossexual, sentem-se culpados com tamanha grandeza e encontram o assassinato como única forma de livrar-se de tal peso.
Os negros e as mulheres saem da realidade que se assemelha a dos homossexuais. Nos anos 60, na questão feminina, o famoso episódio da queima dos sutiãs. O marco de um acontecimento que levou as mulheres à mobilização em luta comum. Nos dois casos, receberam a seguridade jurídica com leis de resguardo a integridade.
Todos os anos as paradas do orgulho GLBT transformam as ruas em palcos para “encenação” da queima dos sutiãs homossexual. Em 2006, a maior parada da América Latina, São Paulo, levantou o debate contra a homofobia.
A Lei de Combate a homofobia, tramita em passo contrário a vontade dos que aguardam por ter os direitos assegurados. Cerca de 187 deputados e 28 senadores ligados a grupos religiosos não apoiam uma série de propostas: legalização da união civil, homofobia como crime, mudança de nome pelos na documentação por transexuais e a data de 28 de junho como Dia Nacional do Orgulho Gay.
Suélen D. V., membro e líder de escola sabatina (estudos da bíblia que acontecem no sábado), da Igreja Adventista do Sétimo Dia, coloca-se contra a união homossexual. “Em minha igreja buscamos andar o mais próximo possível dos ensinamentos da bíblia e nela Deus condena a homossexualidade.
“Pois até as mulheres trocam as relações naturais contra a natureza. E também os homens deixam as relações naturais com as mulheres e se queimam de paixão uns pelos outros. Homens têm relações vergonhosas uns com os outros e por isso recebem em si mesmos o castigo que merecem por causa dos seus erros” (Romanos 1 18 – 32)
Suélen também é mãe de um homossexual. Sobre a relação com o filho ela lamenta ser um tanto conturbada. “Eu amo meu filho. Fico muito triste em saber da escolha dele. Desde a adolescência eu possuía dúvidas em relação a sexualidade. Mas isso não me impediu de orientá-lo e deixar o caminho livre para uma possível conversa. Entretanto, fiquei mais chateada com a maneira que ele expôs a orientação sexual do que ela em si. Afinal, Deus condena o pecado e não o pecador”.
A luta pela legalização do casamento homossexual e dos direitos que devem ser assegurados pelo estado é uma discussão jurídica e não religiosa. Existem questões que devem ser julgadas com olhares da lei. A não aceitação dos cultos religiosos a homossexualidade é totalmente aceitável. É direito constituído a liberdade de expressão. O que não deve se admitir é que esse direito seja deturpado e transformado em discriminação.
Precisa-se aceitar a diversidade. É como conta Fernando Bonassi em “15 Cenas de Descobrimentos de Brasis”: “Dois em cada três brasileiros já fumaram maconha. Três em cada cinco brasileiros acreditam em Deus. Cinco em cada oito brasileiros morderam a hóstia durante a comunhão. Oito em cada treze brasileiros preferem sexo anal. (...) Vinte em cada vinte e dois brasileiros não têm terra. Vinte e dois em cada vinte e três brasileiros têm certeza que seu azar é específico”.
quinta-feira, 24 de julho de 2008
quarta-feira, 23 de julho de 2008
Encarando desafios
quarta-feira, 16 de julho de 2008
Cronicando...
Todos os dias, por volta das oito da noite Zé Bacana sai de casa, anda duas quadras e chega com seu chapéu para tomar uma bebida e jogar conversa fora. Solteiro por opção ele diz estar a procura da mulher ideal, uma verdadeira Amélia. Que lave, passe cuide minimamente da vida dele. A noite de céu sem nuvens e estrelado hoje é especial.
Quem entra pela porta lateral é uma mulher alta, bonita, cabelos escovados, pele clara, cerca de 30 anos e um batom vermelho nos lábios. Ela senta e pede uma bebida, como quem ainda não tem programa para a noite. Zé, como um bom garanhão que é fica observando a moça e começa a apreciar a beleza. A cara dele já dava a entender todos os delírios que passavam pela cabeça do rapaz. Um verdadeiro amor platônico, que não sabe de onde é ou sequer o nome dela.
A cada gole de cerveja ele repara pequenos detalhes do vestido, como os bordados vermelhos da barra da saia. Até os garçons começam a olhar diferentes para a moça, mas não era o mesmo olhar de Zé, que estava sentado afastado do balcão principal. Ela passa a ser o comentário principal de todos os clientes do bar. Ao mesmo tempo que percebe Zé a olhar fixamente ela resolveu retribuir com um pequeno sorriso de canto de boca, o que revelou grandes dentes brancos e perfeitos.
Fica a indecisão. Zé não sabia se levantava e ia até lá ou não. Mas não ir seria uma prova irreal de incapacidade da parte masculina de Bacana. Lentamente, ao mesmo tempo que olha fixamente para a mulher misteriosa, ele arrasta a cadeira, acerta o chapéu o coloca o paletó nos ombros de forma mais confortável. Resolve dar impulso e levantar em direção a mais uma cantada, sempre infalível.
Ele percebe que as pessoas o olham estranhando a atitude dele. O caminho parecia maior do que o normal. Talvez o álcool já estava fazendo efeito na cabeça vaga do rapaiz. Ela permanecia sentada no mesmo local, mas sem olhar para ele. Assim que ele chega perto resolve se sentar ao lado dela e perguntar o nome. “- Paulo, respondeu com uma voz meio afeminada, mas gosto que me chamem de Margarida”. Sem mais uma palavra Zá Bacana se levanta, paga a conta e sai do bar.
quarta-feira, 2 de julho de 2008
Quando a lei do mais FORTE prevalece
Em casa quem manda é o pai e o filho não têm direito de escolha. A falta de diálogo nas famílias e a imposição feita por aqueles que têm o poder gera nas crianças o medo do castigo que está por vir. Muitas vezes elas acabam sendo penalizadas mesmo sem terem culpa da situação, mas porque alguém tem que pagar pelo erro. E, na maioria das vezes, o mais frágil é quem paga.
Monteiro Lobato ficou conhecido internacionalmente ao escrever histórias infantis e, em especial, o famoso “Sítio do pica-pau amarelo”. Quem conhece as alegres histórias de Narizinho e Pedrinho, muito bem cuidados por dona Benta e Tia Anastácia, pode se surpreender ao se deparar com uma vertente literária bem mais crítica do escritor.
O autor escreveu cerca de 30 livros e textos que retratam o Brasil do início do século XX em que até hoje assombram as esquinas da nossa história. No ano de 1920 Lobato contou a história de Negrinha, uma criança filha de escrava e que perdeu a mãe aos quatro anos. Passou então a ser criada pela patroa Dona Inácia, que ao dar bons modos a menina também oferecia chutes, pontapés e xingamentos.
Agressões como essa, vividas dentro da própria casa são comuns até hoje. De acordo com dados da delegacia de proteção a criança e ao adolescente (DPCA), em 2007 foram registrados 946 boletins de ocorrência. Até a primeira quinzena de abril deste ano, 318 boletins já foram registrados. Desses, cerca de 40% relatavam casos de lesão corporal, ou seja, maus tratos. Em seguida estão ameaças às crianças.
Medo
Em depoimento à polícia ela contou ter pulado a janela por medo do pai que brigava com a madrasta. “Eu me joguei porque ele (Charles) estava brigando com a Ana (madrasta). Quando a Ana vai embora ele fica brigando comigo”, relembrou a menina.
“Na hora da briga eu fui para a cozinha e fiquei atrás da geladeira. Ai eu fui para o meu quarto. Eu fiquei com medo dele trancar a porta e a Ana ir lá e ele me bater”. A criança ainda confirmou ter medo dele quando está bêbado.
A briga com a mulher começou assim que Charles chegou em casa. Ele estava em um bar próximo à residência e o motivo da discussão foi por ciúmes da esposa. “Contaram para ela que eu tinha beijado uma mulher lá no bar. Ela começou a gritar bem alto e ficou berrando. Se eu não tivesse traído e discutido com a minha mulher, nada disso tinha acontecido”, contou.
Apesar da menina ter confirmado que pulou do quarto andar (e não jogada pelo pai como a polícia pensava inicialmente) a delegada Lídia Meirelles Daud, titular do Departamento de Polícia Judiciária (DPJ) de Cariacica, que apurou o caso, considerou que Charles provocou o acidente.
“Se a menina ficou com medo e se jogou, foi o pai quem provocou isso. Então, ele contribuiu com o crime. Se ele não tivesse chegado bêbado e gritando, ela não teria feito isso. Se ela fez, foi porque ele provocou essa situação”, avaliou a delegada.
Dez testemunhas, a maioria vizinhos, foram ouvidas durante as investigações. O inquérito foi encaminhado ao Ministério Público, que vai apurar se o pai é culpado.
Guarda
Agora a avó da menina, Erilda Maria Lima Pimenta, 55, quer a guarda da neta. “Eu nunca gostei dele. Um cara que não trabalha, não faz nada, vive de dinheiro da mãe, não tem condições de ter uma família”, desabafou a Erilda.
Os avós já cuidam da filha mais nova de Charles, Fernanda, de 7 anos, que só não passou pela mesma situação que a irmã, porque a mãe morreu logo após dar a luz e foi deixada no hospital pelo pai.
Mundo do crime
Quando a criança ou jovem não vê perspectiva de futuro na família, por falta de estrutura financeira e psicológica, o mundo do crime oferece muitas oportunidades. E, para os que são pegos pela polícia o destino acaba sendo o regime de internação.
No Longa “Ó pai, Ó”, de 2007, a diretora Monique Gardenberg mostra que nem só de dança, namoro e música vive o carnaval de Salvador, capital baiana. A fronteira com o crime é tênue, até para os meninos Cosme, interpretado por Vinicius Nascimento, e Damião, vivido por Felipe Fernandes. A atriz Luciana Souza encarna Joana, uma mãe evangélica fervorosa e falsa educadora.
Durante a trama de amores vividos pelo personagem Roque (Lázaro Ramos), os meninos dizem para a mãe que vão ao culto religioso, mas ao descerem as escadas de casa, guardam a bíblia num esconderijo debaixo do primeiro degrau das escadas e passam o dia na rua.
Apesar da cara de inocência e da severidade com que são criados, os dois ocupam-se com trambiques e até pequenos furtos na feira. O final acaba sendo trágico e ambos acabam pagando um preço bem mais alto do que deveriam.
Para Humberto Ribeiro Júnior, autor do Livro “O Adolescente, a Lei e o Ato Infracional” (Ed. Edufes), o sistema penal capixaba discrimina adolescentes de baixa renda. “Lá eles são segregados por discriminação de cor e condição social. Dentro da Unis você não encontra um adolescente infrator de classe média, pois eles são protegidos pelo judiciário”, destacou.
O livro é resultado de uma pesquisa que ouviu 43 internos e demorou cerca de três anos até ficar pronta. No livro o autor descreve a dura realidade dos adolescentes em conflito com a lei, em sua maioria, presos pela prática de roubo e furto.
De acordo com o estatuto da Criança e do Adolescentes, criado em 1990, o regime de internação deveria ser a última saída. Mas de acordo com Humberto essa é a primeira medida tomada no Estado. Para o professor, o poder judiciário capixaba reproduz um preconceito de que, por ser negro e pobre já tem pré-disposição para ser bandido.
“Eles passam a mão na cabeça de filhos da elite, e pensam que a solução é excluir da sociedade. Em festa de rico da ilha do Frade, onde também existe droga, não tem batida policial, só em favela. É uma violência social”, apontou Humberto.
Solução
O advogado ressalta que a internação e a prisão são iguais no sentido de que não há perspectiva de re-socialização para o infrator. “Hoje o estado investe muito na área penal, em manter que não tem dinheiro excluído. A solução é investir mais na área social e na quebra de paradigmas e pré-conceitos, a fim de criar socialização para classes mais baixas”.
No município de Colatina, no Norte do Espírito Santo, jovens autores de atos infracionais são reintegrados à sociedade pela arte e diversão. O "Programa de Medidas Sócio-educativas de Liberdade Assistidas e Prestação de Serviços à Comunidade" tem dado uma resposta positiva à sociedade diminuindo a reincidência dos adolescentes no crime.
Esses jovens participam do Projeto Sinfonia, no qual têm aulas de violão, teclados e acordeom, além de acompanhamento psicossocial. Com isso, além de cumprir a medida definida pela Justiça a proposta é oferecer uma oportunidade de mudança de vida do adolescente por meio do contato com o educador.
[Serviço]
Livro: “O Adolescente, a Lei e o Ato Infracional”
Autor: Humberto Ribeiro Júnior
Onde?: Livraria Edufes, no campus UFES Goiabeiras
“Trata-se da colheita de uma safra de meninos que se encontravam em risco social e hoje são profissionais da indústria e reparação de veículos, destaca o presidente do Sindicato da indústria de Reparação de veículos do espírito santo (Sindirepa), Ricardo Barbosa.
Mais 30 jovens terão a oportunidade no mês de agosto, quando novas turmas serão abertas, desta vez para o curso de Eletro-mecânica. Os interessados deverão passar pela triagem do serviço social, onde será verificada a condição social do candidato.
Com a oportunidade de aprendizado esses jovens podem assim crescer e criar uma nova visão de educação para os filhos, bem diferente dos maus tratos observados desde a época de Negrinha, relatados por Lobato e que insistem em existir até hoje.
domingo, 1 de junho de 2008
terça-feira, 13 de maio de 2008
Baixos salários
Melhor remuneração
A OAB-ES divulgou nota reivindicando melhor remuneração para os Procuradores do Estado. Até aí, tudo bem. Entretanto, um advogado amigo desta coluna telefonou dizendo que seria mais justo que o órgão tivesse incluído na sua proposta os Procuradores da Assembléia e Tribunal de Contas. Ainda há tempo.
Será que ele não consegue incluir melhor remuneração para Pedreiros, Cozinheiros, Faxineiras, Jornalistas, entre outros trabalhadores honestos? Ainda há tempo. Fica a dica.
Greve de ônibus
HAHAHAHA....Até parece! Com a greve a solução é ligar pro chefe e dizer: "tô sem como chegar no trabalho... vou ficar em casa"...
E a felicidade reina até para quem tem carro e a oportunidade de dar o golpe.
segunda-feira, 12 de maio de 2008
Cidade pequena com problema de cidade grande
por Fábio Linhares
É só visualizar uma placa indicando homens trabalhando que o capixaba já se desespera. Também, uma cidade que se movimenta com duas vias principais (Reta da Penha e Beira Mar) não tem para onde fugir quando o assunto são as obras. E até quem já viveu realidades bem mais dramáticas reclama do caos no trânsito de Vitória. Mas também vê o lado bom de se aproveitar um engarrafamento.
Carlos é um paulista “firrmeza” que veio de mudança para Vitória recentemente. Cargo de gerência, salário maior, no entanto, uma vidinha muito pacata para ele, como sempre reclamava. Gostava mesmo da agitação e da correria de São Paulo. Não subiu no emprego da noite para o dia, mas com finais de semana enfurnado dentro de um escritório a trabalho.
No novo serviço e na “nova vida” a realidade não era diferente, e com os funcionários que lhe são subordinados sempre exigiu pontualidade e rigor nas atividades. Não admite atrasos e, quando ocorria, a desculpa menos aceitável para ele é a de engarrafamento no trânsito.
— “Vocês precisam ver como é lá em Sampa. As vezes saía de casa às 6 da manhã pra chegar as nove no serviço. Isso aqui não é nada se comparado a lá...Parece que vocês não lêem jornal”, resmungava aos funcionários.
Talvez a falta de uma composição familiar o deixava menos humanizado. Sempre foi dedicado para as máquinas, cálculos, planejamentos e na perspectiva de crescimento profissional. Com a mudança para solo capixaba a situação se complicou. Agora longe da mãe, que sempre fazia parar 10 minutos para um lanche, e fora da academia há meses (uma atividade, aliás, que ele fazia por obrigação) agora emagrece cada vez mais.
E na manhã da última quarta-feira decidiu acordar cinco minutos mais tarde do que de costume. Uma regalia que resolveu tirar da manga e se presentear. Para chegar ao trabalho é só atravessar a Avenida Fernando Ferrari, saindo de Jardim Camburi, na Capital, e chegar até a conhecida Reta da Penha, onde teria uma reunião importante.
Um tanto atrasado, afinal, na concepção perfeccionista, cinco minutos poderiam lhe custar caro. Saiu de casa ainda acertando o nó da gravata e sem tomar um gole de café. E sem ver também os noticiários matutinos, que sempre o deixa-ra bem informado, e, que naquela manhã, noticiava um longo engarrafamento na Fernando Ferrari.
Acontece que prefeitura e governo do estado estão duplicando a via e nesse dia ocorreu mais uma mudança no trânsito por conta das obras. O engarrafamento já chegava próximo a reta do Aeroporto de Vitória, o que deixou Carlos extremamente nervoso.
Sem mais o que fazer ligou o rádio em uma emissora all news aguardando informações sobre o porque do engarrafamento quilométrico. Sem muitas notícias e o que fazer decidiu então trocar de estação para uma que tocasse alguma musica calma e relaxante. Nessa hora os pensamentos começaram a ir num carro de fórmula 1, enquanto seu corpo, preso no engarrafamento não saía do lugar.
Começou pela primeira vez a sentir saudades de sua mãe e das pausas para o café nas madrugadas. E a se lamentar por ter terminado um relacionamento que viveu anos com aquela que seria a mãe e esposa ideal, mas que não agüentava passar finais de semana sozinha esperando que ele terminasse os cálculos das planilhas. Ao mesmo tempo uma dor no pescoço o fez lembrar o quanto a academia lhe fazia bem e não era uma perda de tempo cuidar do corpo e da saúde.
Ao mesmo tempo em que pensava rápido, o carro seguia devagar e sua visão parecia ainda ver um filme em câmera lenta com imagens que mesclavam o passado e a paisagem fora da janela do veículo. Até que um barulho muito forte chama a atenção dele e tudo que via fica congelado. Pause? Não! Stop. A vida parou ou foi o automóvel?, lembrou-se de Drummond.
Um buzinaço respondeu a pergunta. Quando se deu por conta estava há metros de distância do carro da frente. Decidiu descer e um pneu furado lhe deu mais tempo de pensar na vida e no que realmente queria dela.
segunda-feira, 10 de março de 2008
Nem assim...
Vinicius Ribeiro vai ser o representante brasileiro no Mister World, que elege o homem mais bonito do mundo.
sábado, 9 de fevereiro de 2008
Acertador capixaba acerta EXATAMENTE números da quina
domingo, 3 de fevereiro de 2008
Psiquiatra surta e roda a baiana no BBB
Hoje rolou o maior barraco na casa. Alguns participantes discutiram, se xingaram e os big brothers quase caíram nos tapas. Tudo começou após a definição de mais um paredão triplo: Thalita, Fernando e Bianca vão disputar a preferência do público. O médico Marcelo, que disse ser gay na primeira semana do programa, odiou ter recebido quatro votos e desceu do salto: "Eu quero ver se os quatro que votaram em mim serão dignos de chegar para mim e falar. Porque eu vou chegar até o final e vou descobrir, porque eu tenho direito de saber. Fui sincero o tempo inteiro, quero ver se vão ser sinceros comigo".
(Lembrando que se fosse para cada um saber em quem o outro vota não teria o confessionário)
O médico, que se apresentava como psiquiatra embora não tenha ainda esse título, não poupou Thalita de críticas: "Acho ridículo esse discurso feminista, de que nunca uma mulher ganhou esse programa. Eu nunca caí nisso. Agora, se você quiser achar o que você quiser, o problema é seu".
Nesse momento ele pulou na big sister e a agarrou pelos cabelos dizendo: “Sua mocréia!”. Mentira... isso é por minha conta.
Instigado por Thalita, Fernando também entrou na briga e partiu para cima de Marcelo: "Você é a pessoa que mais está jogando na casa. Quando você votou em mim, alegou que eu era a pessoa mais afastada".
O médico acirra a discussão, e os dois quase trocam tapas: "Nunca fui com a sua a cara, você é falso, nunca lava louça".
Um juiz (!) do Tribunal Regional Federal concedeu liminar favorável ao Sindhobar que suspende dos efeitos da medida 415/2008 e determina que o diretor da Polícia Rodoviária Federal está proibido de fiscalizar, proibir ou punir a venda do produto na capital brasileira.
Segundo o advogado Pedro Pereira de Sousa, que representa o Sindhobar, o foco da medida restringe o direito de toda população, e não só dos motoristas. "Imagine a situação de alguém que for até um motel ou um restaurante e não for viajar. Ele precisa ser impedido de beber? É claro que não", afirmou.
Será que os parlamentares estão passando o carnaval aonde???
Cláudia Leitte se veste de fogo para animar bloco
Só espero que ano que vem Claudinha não invente de seguir o exemplo da amiga Veveta, que esse ano veio de mulher culote:
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008
Da série Carnaval 2008
quinta-feira, 31 de janeiro de 2008
Carnaval Capixaba investe em novidades
Agora se você não teve a oportunidade de acompanhar o carnaval capixaba clica aqui e confere o resumo das treze escolas.
quarta-feira, 30 de janeiro de 2008
Cristina Rocha estará no novo Aqui Agora
Quando você menos espera Silvio Santos volta mais uma vez ao passado. Para ressucitar seu jornalismo popular ele prepara uma nova versão do sucesso dos anos 90, o policiaresco Aqui Agora, com suas matérias superhipermegainteressantes. E não basta trazer o formato.... ele traz de volta também as estrelas da época. Uma delas é a jornalista Cristina Rocha, que apresentou o programa. Pouco tempo depois ela fez sucesso com um cabelo última na Europa no programa Alô Cristina.
Siiiiiimmmmmm... uma versão retro de Charme.
Agora me responde: o que a Adriane Galisteu tá reclamando tanto??
Como se pode esperar tudo do sbt, não se surpreenda se entre uma notícia e outra você escutar um toque de telefone e um telespectador dizendo “Como vai Cristina?”.
Pra melhorar eu queria mesmo que eles ressuscitassem também Gil Gomes, Aqui Agora.
quarta-feira, 23 de janeiro de 2008
Pelada do Funk é identificada. Ela usaria o dinheiro para pagar dívidas
Em depoimento, Lediane informou que em nenhum momento MC Ricardinho foi retirado do palco, como disse o dono do Clube e o promotor da festa. A princípio, ela teria recebido a proposta de ganhar R$ 400 para tirar a roupa, mas foi quando a oferta passou para R$ 600 que ela resolveu ficar nua no baile. O dinheiro seria usado para pagar dívidas.
No dia seguinte ao ocorrido ela foi até o clube para receber o dinheiro, mas o local estava fechado. Ao ver suas fotos estampadas nos jornais, Lediane sentiu muita vergonha e desistiu de voltar a cobrar o dinheiro.
De acordo com a delegada Tânia Zanolli, titular da delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente, a mulher vai responder por crime de atos obscenos.
Em entrevista, Lediane se disse muito arrependida e que não tiraria a roupa nem por R$ 1.000,00. Ah, se a Playboy escuta isso....
sábado, 19 de janeiro de 2008
Carnaval Capixaba: venda de ingressos para arquibancada ainda desagrada população
quinta-feira, 10 de janeiro de 2008
Alemão é preso acusado de bater em garota de programa em Copacabana
Na verdade o “alemão” citado acima foi Klaus Zungles, 54, preso pela Polícia Civil do Rio acusado de agredir Joilma Cardoso da Silva, 25, com quem o alemão se relacionava há cerca de um ano. Ela teria recebido uma ligação, o que deixou o alemão com ciúmes. Zungles deixou Silva no bar e foi para uma boate.
Ela foi até a boate, onde o teria encontrado com outra mulher. Os dois discutiram e, segundo a Polícia Civil, ela foi agredida com vários tapas.
Silva foi ao apartamento de Zungles pegar alguns de seus pertences que estavam no local. Ao chegar em casa, de manhã, o alemão teria agredido a garota novamente. Silva acionou a Polícia Militar e o alemão foi preso em flagrante com base na lei Maria da Penha. A fiança dele foi fixada em R$ 7 mil, mas ele não tinha o dinheiro e permaneceu na cadeia.
Se você se decepcionou com o alemão preso, só posso lamentar... Também fui enganado pela imprensa!