Trabalho em TV há quase cinco anos e amo o que eu faço. Temos um papel fundamental na sociedade, mostrando problemas, cobrando soluções, oferecendo informação e prestando serviço. Mas observo que as pessoas pegam fatos do cotidiano e massificam aquilo.
A questão é: apareceu na TV vira febre. Não estou falando só do cabelo ou vestido da protagonista da novela das nove, muito menos do brinco que a Fátima Bernardes usou na edição de ontem do Jornal Nacional. Tudo isso vai virar moda e vamos ver esses looks nas ruas. Mas tem outros aspectos que vemos se tornarem febre, se cria um alarme, um boom.
Me recordo primeiro da questão “racial”. Foi só anunciar o debate das cotas nas universidades públicas que rapidinho todo mundo se sentiu discriminado e no direito a uma vaga. Sobrou até para o bisavô negro, mesmo que ele tenha casado com uma loira, e todas as gerações seguintes nasceram alvos.
Segundo exemplo: a gripe suína. A doença apareceu lá no México, que qualquer espirro aqui no hemisfério sul todo mundo dizia estar com a doença. Claro, o alarme e a prevenção sempre são necessários, mas até quem não tinha nenhum sintoma aparente já se dizia doente. Acho que o psicológico falou mais alto....

Nas redes sociais exemplos e mais exemplos de possíveis vítimas na infância, adolescência... E cuidado! Qualquer comentário seu pode ser bullying. É cada uma....
Agora a moda é ser Gay. Foi só o supremo reconhecer a união homoafetiva que nas páginas dos jornais as manchetes são: “o ator queridinho dos gays”. “moda para os gays” ou ainda “vida de casal gay”.
